Jefferson da Fonseca - Mostra Tua Cara

terça-feira, 30 de março de 2010

Nota oficial da PBH

"Prefeitura garante a realização do FIT em 2010

O prefeito Márcio Lacerda e a presidente da Fundação Municipal de Cultura, Thaïs Pimentel, decidiram que a 10ª Edição do Festival Internacional de Teatro Palco & Rua será realizada normalmente, neste ano de 2010. As dificuldades apresentadas serão contornadas, como ocorreu em todas as edições anteriores.

Paralelamente, a Fundação organizará um seminário para discutir e avaliar todas as questões inerentes ao Festival, visando ao fortalecimento cada vez maior do evento. No seminário deverá ser discutida também a possibilidade de realização de nova edição em 2011, promovendo, então, a mudança para anos ímpares, uma vez que a coincidência com eventos como eleições tem dificultado a organização.

A Fundação Municipal de Cultura comunica que todos os esforços serão desenvolvidos para garantir que a 10ª edição do FIT tenha a qualidade que sempre caracterizou o Festival e que tanto encanta a população de Belo Horizonte.
A Fundação divulgará cada etapa do processo de organização do Festival.

Belo Horizonte, 30 de março de 2010"

2 comentários:

Unknown disse...

ISSO CHEIRA A GOLPE

ENTÃO ESTÁ TUDO RESOLVIDO!

ESTÁ???

Em comunicado oficial a Fundação Municipal de Cultura confirma a realização do FIT 2010.

Concordo plenamente com o Rodrigo Fidelis, tudo isso cheira a GOLPE!!!

O fato é que devem ter finalmente consultado o setor jurídico da prefeitura e visto a cagada que estavam para fazer, pois o FIT tem que ser realizado de dois em dois anos, por que é uma LEI Municipal.

Só que com isso tudo perdemos os dois principais curadores, que não tiveram dinheiro pra poder realizar os contatos com os grupos internacionais. Sinceramente não sei o que é pior... Ter FIT ou não ter!

E um fato continua, Thaís Pimentel MENTIU!!!

Se tivesse um mínimo de dignidade deveria pedir sua exoneração da Fundação Municipal de Cultura.

Além de tudo é incompetente.

Não podemos parar gente, não se contentem com pouco.

Ainda tem a Praça da Estação, o Projeto Arena, a Bolsa Pampulha... e muitas outras atrocidades contra a cultura de Belo Horizonte.

Yuri Simon
Trupe de Teatro e Pesquisa.

Fuckdelis disse...

É claro que isso iria acontecer. Tão óbvio. Vejam os dispositivos:
Thaís Pimentel convoca imprensa e diz para o povo de BH que o Fit-BH será cancelado. Isso não por falta de verba. Tentou justificar sua decisão através da dificuldade de realização do evento num período de copa do mundo, ano eleitoral e espetáculos internacionais de baixa qualidade.
Aí, a classe teatral, uns mais deslumbrados, outros mais revoltados, outros conscientes da ação por trás disto e outros aproveitando para aparecer, seja na versão miss pão de queijo ou na versão estrangeira do maiô, no outro dia fazem uma manifestação na porta da casa dela, na Fundação Municipal de Cultura, logo após o fatídico anúncio.
Na manifestação outras questões foram levantadas, como fechamento de um Centro de Cultura Municipal, Falta de planejamento para a reforma do Chico Nunes, fim de projetos antigos como Arena da Cultura, instabilidade do Bolsa Pampulha, diminuição na verba de incentivo LMIC, fechamento da praça da estação para qualquer tipo de evento (Olha, ta aí, onde será a abertura do FIT-2010?), entre outras questões...
Já rolavam rumores, especulações sobre o cancelamento do FIT. Houve quem recebeu e-mail da Ana Freire, coordenadora de produção do FIT-BH, anunciando sua demissão, já apontando a questão orçamentária, a questão da verba, da bufunfa, sabem? Aquela coisa de colocar mais verba aqui, tirar dali, fazer um investimento, uma aplicação...
Geralmente a Cultura é a que fica menos investida, tipo a garota feia do baile de debutante que um dia, se investir, vira princesa, sabe?
E-mail, facebbok, Twitter, Orkut, uma onda de manifesto virtual, Grupos, entidades e movimentos teatrais de todo país lançam foco para a decisão e suas justificativas.
Quase duas semanas depois, na manhã desta terça-feira, numa coletiva, os curadores Richard Santana e Eid Ribeiro pedem demissão (lembrem, não foram os únicos!) ou colocam seus cargos a disposição, e pior, dizem que há falta de verba sim, desmentindo Thaís, gerando uma onomatopéia na população: Ops!?
Neste momento os jornalistas estão com A Notícia na mão. Uma manhã de correria na redação. Somos capazes de encontrar nossos amigos da imprensa com olheiras amanhã no fim do dia.
Imprensa + Opinião Pública + Visibilidade graças a Internet = Recuo que por sua vez é diferente de mudança. Não há mudança!
É claro que isso daria num Golpe de Mestre. Claro, típico dos políticos brasileiros, os velhos hábitos de sacerdotes em cima de um povo sem cultura e educação. Só ter um pouco de dinheiro para você manipular um coletivo. Dê pão e circo que o povo se cala. E ainda pior, muitos de nós iremos achar que mudamos a situação. Que fizemos o FIT acontecer. Estes serão chamados de coroinhas. Mas nós não. Iremos nos manifestar sim.
Sim, como eu gostaria tanto de ler uma nota da Thaís, mas de exoneração, porque recuar desta forma mentirosa é atestar que o que importa é o poder e que tem medo e que não esta buscando a emancipação de todos.
Agora, claro, os oportunistas de plantão devem mandar currículo para ocupar estas vagas, serem curadores do FIT.
Dica: faça lobby já, porém, não se esqueçam:
Os salários estão atrasados, não foram apenas dois que se demitiram, não houve verba para viagens, e por fim, um fantasma vai rondar, pois o FIT é o que é, graças, em grande parte, ao empenho destas pessoas que estavam lá e o preparavam ao longo de dois anos.
Claro, que não é apenas o FIT o problema cultural desta capital, mas isto não importa para os candidatos.
Isto tudo me leva a pensar que FIT sem estes profissionais que se dedicaram até agora e sabe-se lá em que condições, não é FIT, é Golpe!
Então, me sinto na obrigação de parabenizar esta gestão coligada do pão e circo.