Sucesso em 2009, "Vila dos mortos" está de volta ao Espaço Cultural Puc Minas. São apenas quatro apresentações dias 4, 5, 11 e 12 de março (quintas e sextas), às 20h. O espetáculo traz à cena vidas que se cruzam num bairro qualquer de Belo Horizonte. O medo, tema inicial da proposta colaborativa de dramaturgia e montagem, acabou ganhando dimensões sobrenaturais. O grupo experimental, formado por atores profissionais, ex-alunos da Escola de Teatro da Puc Minas, passa por reformulação e investe na criação de companhia. Boa sorte à trupe!
Em setembro, a jornalista Janaina Cunha Melo escreveu no Caderno de Cultura do jornal Estado de Minas:
"NOVA PROPOSTA
Amanhã tem mais uma sessão de Vila dos mortos, no Teatro da PUC (Rua Sergipe, 790, Funcionários), às 20h30. A montagem da Escola de Teatro da PUC/MG tem méritos que a tornam uma experiência curiosa para a plateia. Situação rara no teatro mineiro e nacional, o argumento leva para cena elementos do realismo fantástico, com ótimos resultados. A partir de seis histórias, que em algum momento se encontram, a trama revela as muitas maneiras como as pessoas se relacionam com seus mortos. A bem da verdade, trata das perdas. Algumas inesperadas, outras nem tanto. E da maneira como é possível lidar com elas, com mais ou menos habilidade.
O cenário é outro ponto importante da montagem. Bem resolvido e com inspiração em linguagem cinematográfica, ajuda na dramaturgia. Cada uma das histórias é apresentada de forma clara e favorece o entendimento do texto. Pela complexidade do que é proposto, facilmente a trama poderia se embaralhar, mas, com ajuda dos objetos e da estrutura da montagem, a narrativa ganha força em cada núcleo em movimento crescente, até encontrar nexo como espetáculo. Como experimentação, Vila dos mortos depende de pequenos ajustes e amadurecimento de atuação, mas merece destaque, sobretudo pela coragem de propor algo novo para o público e os próprios estudantes. Aventura corajosa, que pode render bons frutos para a companhia, com 25 integrantes. Eles demonstram que nem sempre o caminho mais curto, óbvio e fácil, é o melhor.
Janaina Cunha Melo"
(Coluna Holofote - EM Cultura - Jornal Estado de Minas - 2 de setembro de 2009)
2 comentários:
Eu já assisti e recomendo.
Vou de novo ....vale a pena.
Estamos de volta e com muita vontade de levar sempre para frente este projeto, que foi construído com tanto trabalho e carinho.
Obrigada Jefferson pela força e conte comigo sempre.
Bjs
Bárbara Oliveira
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