Jefferson da Fonseca - Mostra Tua Cara

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Dos restos às ilusões



"Minha arte consiste em explorar o mal, já que sou poeta; ninguém pode ficar surpreso pelo fato de eu tratar dessas coisas, desses conflitos que caracterizam o mais patético dos períodos. O poeta trata do mal. É seu papel ver a beleza, extraí-la (ou colocar a beleza que ele quiser, por orgulho?) e utilizá-la. O erro interessa ao poeta, pois somente o erro ensina a verdade. Repito aqui que o poeta é associal (aparentemente), ele canta os erros, encanta-os depois para que sejam úteis à beleza do dia seguinte. A definição habitual do mal me faz pensar que ele é apenas o resíduo de Deus. A poesia ou a arte de utilizar os restos". (Jean Genet. Pompas fúnebres)

Reencontrar Genet é sempre mais que lição. No absurdo, o olhar que distorce é o mesmo que ensina e realiza. Um semestre para não esquecer. Fotos: "A casa das ilusões", adaptação de O balcão para a Escola de Teatro da Puc Minas. Jefferson da Fonseca Coutinho. Junho de 2012.


 




























 



 



 









...é preciso voltar para casa onde tudo, não duvidem, será ainda mais falso que aqui... 
Agora, saiam... Passem à direita, pelo beco... Já é de manhã. (Irma. O balcão)

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi, meu nome é Daniel Berman e eu sou um criador de séries de TV, produtor / diretor, DP, fotógrafo, editor e fundador dos Prémios móvel de fotos.
Gostar de ler o seu post! Continue fazendo o bem!
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