Ainda não pude ir ao cinema ver A suprema felicidade, obra do cineasta e jornalista Arnaldo Jabor. O que sei é que críticos de todo o Brasil caíram de pau. Não podia ser diferente. O camarada, com seus comentários inflamados na TV e nos jornais, arranjou monte de desafetos. Criticá-lo é vitrine de dar gosto para muita gente. Em casos assim – o crítico do outro lado da pena –, é o que chamam telhado de vidro. Agora é aguentar, Jabor. Não tem remédio. Mas, sinceramente, não tenho nada contra o moço. Para falar a verdade, gosto bastante de sua escrita. Lá em casa, ele é bastante respeitado. Violeta e eu já até saímos de casa duas vezes para assistir A suprema felicidade, mas não teve jeito. Imprevistos. Coisas que acontecem. No próximo fim de semana, sem falta, vamos lá conferir o filme. O Chico e a Neidinha disseram que é uma beleza.
Aliás, vale deixar registrado neste quintal, o casal amigo, sábado à noite, só falou no filme do Jabor. Foi aniversário da Sueli, lá no Bairro Glória. Festão para barão nenhum botar defeito. A turma reunida, antes do bolo, só deu A suprema felicidade. O Chico até que estava empolgado, mas a Neidinha, amigo leitor… só repetia uma fala: "A vida gosta de quem gosta da vida". O Jabor, com essa frase, acertou o coração da minha amiga em cheio. O olho da moça estava que era puro brilho ao repetir e repetir. É claro que não podia deixar de sacar minha caderneta e tomar nota:
"Gente, olha que tudo: ‘A vida gosta de quem gosta da vida’. O personagem do Marco Nanini fala isso com a boca cheia. Na hora que eu ouvi isso, sei lá, deu um treco, uma coisa, cutuquei o Chico na hora. Eu sempre pensei assim… num é, Chico!? A gente sempre conversou sobre isso. Só que com outras palavras, porque a gente não sabe dizer o que a gente sente que nem o Arnaldo Jabor. ‘A vida gosta de quem gosta da vida, claro!’. Olha só, gente: a quantidade de gente que a gente conhece que não ta nem aí pra vida. Tudo gente infeliz, que só sabe é reclamar e reclamar… credo. Não dou conta. Nunca dei. Tenho a maior preguiça de gente assim. Na nossa casa, a coisa pode tá difícil do jeito que for, a gente gosta da vida. A gente gosta muito de viver. Dinheiro? Depois a gente dá jeito. A saúde em ordem é o que interessa. É preciso saber viver a vida. Tem gente que não sabe nem quer aprender".
Foi uma alegria sentir o entusiasmo da Neidinha com a vida. "Viver é uma festa", brindou o Chico, erguendo a caneca de cerveja. Foi uma farra das boas, como há muito não se via. A aniversariante era a Sueli, mas quem comandou a noite foi a Neidinha. Não passou dos 27 pontos no karaoquê, mas a moça era só alegria. E no fim de cada canção ela emendava: "A vida gosta é de quem gosta da vida". E tome palma. Sueli e Neidinha são unha e carne. Primas. Crescidas e criadas na mesma rua. São até parecidas, igualmente bonitas. Só no trabalho que cada uma tomou um rumo: Sueli é motorista e Neidinha, professora.
Fim de festa, já na madrugada de domingo, formou-se coro comandado pelo casal amigo: "Felicidades, Sueli! A vida gosta de quem gosta da vida"!
Bandeira Dois - Josiel Botelho - 17/11/10
Aliás, vale deixar registrado neste quintal, o casal amigo, sábado à noite, só falou no filme do Jabor. Foi aniversário da Sueli, lá no Bairro Glória. Festão para barão nenhum botar defeito. A turma reunida, antes do bolo, só deu A suprema felicidade. O Chico até que estava empolgado, mas a Neidinha, amigo leitor… só repetia uma fala: "A vida gosta de quem gosta da vida". O Jabor, com essa frase, acertou o coração da minha amiga em cheio. O olho da moça estava que era puro brilho ao repetir e repetir. É claro que não podia deixar de sacar minha caderneta e tomar nota:
"Gente, olha que tudo: ‘A vida gosta de quem gosta da vida’. O personagem do Marco Nanini fala isso com a boca cheia. Na hora que eu ouvi isso, sei lá, deu um treco, uma coisa, cutuquei o Chico na hora. Eu sempre pensei assim… num é, Chico!? A gente sempre conversou sobre isso. Só que com outras palavras, porque a gente não sabe dizer o que a gente sente que nem o Arnaldo Jabor. ‘A vida gosta de quem gosta da vida, claro!’. Olha só, gente: a quantidade de gente que a gente conhece que não ta nem aí pra vida. Tudo gente infeliz, que só sabe é reclamar e reclamar… credo. Não dou conta. Nunca dei. Tenho a maior preguiça de gente assim. Na nossa casa, a coisa pode tá difícil do jeito que for, a gente gosta da vida. A gente gosta muito de viver. Dinheiro? Depois a gente dá jeito. A saúde em ordem é o que interessa. É preciso saber viver a vida. Tem gente que não sabe nem quer aprender".
Foi uma alegria sentir o entusiasmo da Neidinha com a vida. "Viver é uma festa", brindou o Chico, erguendo a caneca de cerveja. Foi uma farra das boas, como há muito não se via. A aniversariante era a Sueli, mas quem comandou a noite foi a Neidinha. Não passou dos 27 pontos no karaoquê, mas a moça era só alegria. E no fim de cada canção ela emendava: "A vida gosta é de quem gosta da vida". E tome palma. Sueli e Neidinha são unha e carne. Primas. Crescidas e criadas na mesma rua. São até parecidas, igualmente bonitas. Só no trabalho que cada uma tomou um rumo: Sueli é motorista e Neidinha, professora.
Fim de festa, já na madrugada de domingo, formou-se coro comandado pelo casal amigo: "Felicidades, Sueli! A vida gosta de quem gosta da vida"!
Bandeira Dois - Josiel Botelho - 17/11/10
Um comentário:
O Jabor parece ainda guardar um certo ranço que as pessoas tem (mas não cosntumam admitir) do padrão da globo, de toda poderosa e dona da verdade. E ele acho que encarna bem isso na telinha. Isso não quer dizer que não escreva bem. Mas como você disse, coleciona desafetos por onde passa. De qualquer forma, vale a pena ver o filme. Abraços a esta turma boa e felicidades a todos. Paz e bem.
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