Um caos a terça-feira de temporal em Belo Horizonte e Região Metropolitana. Cenas de destruição na TV e pela internet. Impossível pegar no sono depois de passar a madrugada na pilha por causa da chuva que resolveu pesar as águas. Cidadãos ilhados, carros tragados e passageiros de ônibus em estado de desespero. Verdadeiro cenário de horror na Avenida Cristiano Machado entre os Bairros São Gabriel e Dona Clara.
Os mais importantes sites de notícias de todo o Brasil estavam atentos à forte frente fria litorânea que atinge Minas Gerais. No Portal Uai teve até entrevista com meteorologista do Centro de Climatologia TempoClima/PUC Minas. Félix de Souza disse – vejam só que loucura – que durante a madrugada choveu mais de 60% do volume da chuva esperado para todo o mês de novembro em BH.
Fiquei preocupado porque tenho muitos conhecidos que moram em regiões que, nesta época do ano, são bastante castigadas pelas águas. A situação ainda pode se complicar nos próximos dias, já que a previsão é de muita chuva e tempo instável. O velho Botelho ligou cedo do Espírito Santo. Acompanhou tudo pelos telejornais da manhã. Conversamos um tempão a respeito das chuvas de fim de ano.
Lembramo-nos dos apertos passados com as enchentes do Rio Arrudas, na Praça da Estação, até o início dos anos 1980. O pai reviveu na lembrança, com a voz grave embargada, a vez em que a gente quase foi embora na enxurrada, perto do Parque Municipal. Eu ainda era moleque de colo. Devia ter uns 2 ou 3 anos. "Te segurei firme e pensei: ‘Se tiver que ser agora, vamo junto, filho", disse do outro lado da linha.
Filosofamos também sobre o crescimento das grandes cidades. Para o velho Botelho é a eterna batalha do homem contra a natureza: "Estão transformando o mundo numa grande selva de pedra. É só asfalto, carro e poluição. Uma combinação que custa muito caro ao homem. Não dá para saber até quando a Terra vai suportar tanta pressão. E uma construção atrás da outra.
Carros aos milhares, todos os dias, tomando conta das ruas".
Os mais importantes sites de notícias de todo o Brasil estavam atentos à forte frente fria litorânea que atinge Minas Gerais. No Portal Uai teve até entrevista com meteorologista do Centro de Climatologia TempoClima/PUC Minas. Félix de Souza disse – vejam só que loucura – que durante a madrugada choveu mais de 60% do volume da chuva esperado para todo o mês de novembro em BH.
Fiquei preocupado porque tenho muitos conhecidos que moram em regiões que, nesta época do ano, são bastante castigadas pelas águas. A situação ainda pode se complicar nos próximos dias, já que a previsão é de muita chuva e tempo instável. O velho Botelho ligou cedo do Espírito Santo. Acompanhou tudo pelos telejornais da manhã. Conversamos um tempão a respeito das chuvas de fim de ano.
Lembramo-nos dos apertos passados com as enchentes do Rio Arrudas, na Praça da Estação, até o início dos anos 1980. O pai reviveu na lembrança, com a voz grave embargada, a vez em que a gente quase foi embora na enxurrada, perto do Parque Municipal. Eu ainda era moleque de colo. Devia ter uns 2 ou 3 anos. "Te segurei firme e pensei: ‘Se tiver que ser agora, vamo junto, filho", disse do outro lado da linha.
Filosofamos também sobre o crescimento das grandes cidades. Para o velho Botelho é a eterna batalha do homem contra a natureza: "Estão transformando o mundo numa grande selva de pedra. É só asfalto, carro e poluição. Uma combinação que custa muito caro ao homem. Não dá para saber até quando a Terra vai suportar tanta pressão. E uma construção atrás da outra.
Carros aos milhares, todos os dias, tomando conta das ruas".
O velho Botelho tem andado indignado com os engarrafamentos. Por isso, decidiu deixar Belo Horizonte para viver em Marataízes. Depois que desligamos o telefone, por umas duas horas, fiquei a rabiscar a caderneta com as ideias voltadas para os desastres naturais. Uma loucura. Pensar que, com o avanço de nossas ambições, estamos fazendo muito mal à mãe Terra.
Mais tarde, depois do almoço, soube que a sobrinha do Osmar enfrentou o maior apuro na Avenida Cristiano Machado. Estava dentro do carro, sendo arrastada pela força da correnteza. Não fosse um sujeito de coragem e bom coração, não estava viva para contar a história. É. Como dormir com tanta goteira? Vou ter que trocar o telhado. No pé da página de papel pautado, depois de riscos e rabiscos, uma última frase: estamos cimentando o planeta e a natureza pede passagem.
Bandeira Dois - Josiel Botelho - 24/11/10
Nenhum comentário:
Postar um comentário