
Ontem, o clipe de “Moro numa favela”, do rapper Ice Band, fez o maior sucesso no computador do Adelson. O trecho “favela/dignidade/povo que trabalha suor escorre pelo rosto/vou dizer a verdade” fez os companheiros de praça aprenderem a batida do hip-hop. “Pro rico na cadeia nunca há lugar/mas para os pobres/sempre haverá”, mandou bem o Natanael, descolado, fã das antigas do Hudson. Mandamos por e-mail o link com o clipe para todos os amigos. Depois, aqui com os meus botões, fiquei pensando na importância de trabalhos assim, de protesto, de educação. Cuidado fundamental voltado para aqueles que estão mais expostos a graves problemas sociais. Ainda mais especiais quando liderados por gente que sabe dar exemplo.
O velho Botelho, Violeta e eu conversamos sempre sobre a violência. Temos amigos caros, moradores de favelas. Pessoas que, além das dificuldades comuns a todos, ainda precisam lidar com o preconceito. Discriminar é também um ato de violência. Infelizmente, a maioria da nossa população discrimina. Conhecer artistas educadores como o Hudson Carlos faz a gente acreditar e ter mais fé no ser humano.
Em 2010, de graça, o rapper foi espancado num bar por sete sujeitos. “Foi puro preconceito”, afirmou um conhecido que testemunhou o absurdo. Em vez de descer ao nível de seus agressores, depois de tempos de hospital, Ice Band se empenhou ainda mais no movimento “desarme a violência que há em você”. Melhor seria o Brasil com mais educação assim, para a vida. Salve, Hudson! Meu abraço na família!
Bandeira Dois - Josiel Botelho - 7/3/12
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