Jefferson da Fonseca - Mostra Tua Cara

quarta-feira, 21 de abril de 2010

O bem que prevalece

O tema das duas últimas semanas trazido aqui, “Deus não cobra ingresso”, continua rendendo. Deixo registro de agradecimento sincero a todos os leitores que fazem de Bandeira dois quintal de debate e respeito. São muitas as participações. Obrigado! Em paz e motivado, já reuni grande grupo de amigos, patrulheiros, em campanha contra qualquer tipo de falcatrua em nome de Jesus. Seja ela em templo ou terreiro. No mais, seguimos com fé e esperança. Porque, acredito, o fim dos tempos já começou. Verdade. Só não vê quem não quer. É hoje, amanhã e depois. Tudo o que começa um dia acaba, todos sabem. Logo, iniciados, rumamos ao final. Disso, não há dúvida.

Mas não vamos fazer render esse negócio de “juízo final”. Isso é assunto para muitas vidas. E só vamos saber de fato o que isso realmente significa quando não estivermos mais aqui. E lá, onde quer que a gente esteja, esse assunto já não vai fazer a menor diferença. O que podemos – e devemos – compreender é que tudo o que é mal não pode acabar bem. Amar e respeitar o outro e, naturalmente, a si mesmo é condição primeira para tudo na vida. Não é preciso de muita sensibilidade ou inteligência para entender isso. Mesmo não sendo simples assim, acredito nos homens de bom coração. Conheço muitos deles. Sei que são infinitamente superiores aos sujeitos do mal.

O mal existe. Sabemos todos. E está bem mais perto do que imaginamos. Tenho andado cada vez mais assustado com o que vem ocorrendo com o mundo. Em Belo Horizonte, para não ser preciso ir muito longe. Difícil entender esse chamado “bando da degola”, envolvido com crimes de tudo que é tipo, que vem ganhando manchetes e mais manchetes policiais. E o maníaco, estuprador e matador de mulheres? E o crack, cada vez mais perto de nossas famílias, dissolvendo o cérebro de crianças, adolescentes e adultos? E os assaltos cada vez mais frequentes na cidade? Essa tal modalidade, então, chamada “saidinha do banco” é um assombro. Outro dia, não faz tempo, com o sol a pino, o Adelson ajudou a socorrer um trabalhador baleado na Avenida Getúlio Vargas.

Bastante assustado, o Adelson me falou de outros cinco casos, só este ano, que ele teve notícia. Sobre o crack, a Meire, da papelaria do Raimundo, me contou caso muito infeliz. Disse-me que a irmã de uma conhecida fez uso da droga durante toda a gravidez e que o bebê já nasceu dependente da substância. A mulher foi embora e largou o filho no hospital. A conhecida da Meire, assistente social, contou que a criança nasceu com problemas no cérebro e nos ossos. “Uma tristeza”, ela lamentou. E o crack também já está destruindo a vida de gente de boa condição financeira. Não é mais droga barata de pobre. Sei de uma mãe, advogada, que teve a família completamente desestruturada depois que o filho caçula se envolveu com a droga.

Por tudo que vemos e vivemos, sabemos que o mal nos rodeia. Que a vida, breve, se vai num sopro. No entanto, pela eternidade, nos homens de fé, o bem prevalecerá.

Bandeira Dois - Josiel Botelho - 21/4/10

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