Jefferson da Fonseca - Mostra Tua Cara

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Razões para ficar bem

"Osho, Dagmar e a força do pensamento", coluna publicada na semana passada, trouxe leitores e velhos conhecidos à nossa caixa postal. Mourão, Lilian, Flavinha, Lúcio, João Miguel, Maurício e Inês, meu abraço. Fico muito feliz em saber que tem muita gente com o olhar voltado para dentro de si mesmo. Se há um caminho, é este, temos certeza. Converso sempre com a Violeta sobre isso: o poder infinito que existe em nós. Tudo o que é externo precisa estar sempre no seu devido lugar. Do lado de fora, é claro. É um exercício diário pensar assim. Aprendi que para fortalecer a consciência é preciso reaprender a respirar. É a respiração dos cinco tempos: inspiro pelo nariz contando até cinco e seguro o ar, contando até cinco. Depois, solto o ar pela boca. Funciona que é uma beleza. Experimente, amigo leitor. Dia desses, me conte o resultado.

Mens sana in corpore sano (uma mente sã, num corpo são). Quem disse que taxista não sabe latim? Chique, não!? E assim vou vivendo, mais e melhor, sem dar mole para a tristeza ou para o azar. Os motivos que alimentam o otimismo são muitos: saúde, filhos, família, amigos, amor e trabalho. Muito trabalho. Nos últimos dias, uma corrida puxando a outra. Ora aqui, ora ali, no pouco tempo vago, a caneta correndo solta, no fluxo do pensamento. A letra, na mão mais veloz, cada vez mais horrorosa. Às vezes, nem eu mesmo consigo entender o garrancho. Mas as ideias andam ganhando mais força, trazendo-me paz e alegria. Não há tempo para pensar ou fazer o que não presta. Se tivesse sete vidas, certamente saberia o que fazer com cada uma delas. Sério. Não é presunção. É amor pela existência e por tudo o que ela representa.

Problemas? Quem não os tem? A diferença está em como lidamos com eles. Conheço quem olha para uma barreira e diz: "Danou-se". Já outros: "É hora de mudar o caminho". Sou mais o segundo tipo, porque o primeiro é muito triste. Viver não é fácil. Quem disse que seria? Tem cada vez menos espaço para a preguiça dos derrotistas. Cabeça erguida, mãos à obra. Há muito o que ser feito para aprender a ser alguém. "Mas como ser alguém se nem sabemos bem o que somos?", ouvi outro dia de passageiro entristecido. Depois de longa conversa sobre o assunto, deixei-o mais animado em praça no Bairro Planalto. Concluímos que a resposta para questões dessa natureza só pode estar no Deus que habita o nosso ser. Mais uma vez, recorri ao Mestre Osho para aquietar o pensamento.

Jornada encerrada em mais um dia de paz. Eus recolhidos (e temos muitos, acreditem), hora de colocar a cabeça no travesseiro e respirar em cinco tempos. Sons do oceano, com marolas e gaivotas no CD, mergulho no colo da Violeta adormecida. No repassar dos sentidos, são muitas as razões para ficar bem.

Bandeira Dois - Josiel Botelho - 28 de outubro de 2009

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