Jefferson da Fonseca - Mostra Tua Cara

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

E lá se foi o Marquinho

"Um garoto que soube somar alegria ao longo de toda a sua história. Não havia tempo ruim com aquele moço. Que Deus o receba com a mesma gentileza que ele soube distribuir tão bem em vida..."





Na volta de dias de felicidade ao lado da Violeta e dos filhotes, um segundo semestre cheio de esperança. A quinzena passada, de reflexão e descanso, ajudou a ajeitar a cabeça, viver o presente e redesenhar o futuro. Rever o orçamento, ajustar as contas e dar novo rumo aos projetos e à carreira profissional. Uma força extraordinária, no entanto, abalada pelo falecimento de companheiro muito querido.

Marco Antônio Brandão vai deixar saudades. Passagem das mais alegres teve por essas bandas. Conheceu-me ainda garoto, há 24 anos. Foi dos melhores amigos da família. Especialmente do velho Botelho, que, na segunda-feira, recebeu a notícia de sua morte, aos 52 anos, com muita tristeza: “Um garoto que soube somar alegria ao longo de toda a sua história. Não havia tempo ruim com aquele moço. Que Deus o receba com a mesma gentileza que ele soube distribuir tão bem em vida. Esta noite, vamos fazer silêncio por ele”, disse, por telefone, do Espírito Santo.

Passageiro fiel de longas corridas, em duas décadas, esquadrinhamos Belo Horizonte. Guardo histórias ao lado do Marquinho que não caberiam nesta página. Ensinou-me muito o grande jornalista. Foi o primeiro a me orientar com as letras. Paciente, generoso, risonho, acrescentou-me respeito e prazer à escrita. Repórter admirável, colega inesquecível. Nosso último encontro foi recente, em aniversário dos mais alegres. Abraçou-me como quem enlaça um irmão. Relembramos aventuras e falamos, claro, de amor. Assunto que ele conhecia muito bem.

Ajudou-me com a Violeta. Sorriu-me dizendo: “Agora você vai tomar jeito na vida, né, garoto!?” Desfilou simpatia, matou a saudade de velhos conhecidos e, camarada, ouviu mais do que falou. Sempre foi do tipo preocupado com o outro. Nunca foi de reclamar disso ou daquilo. Homem bom, profissional competente, certamente deixou marcas por onde quer que tenha passado. Grande, Marquinho! São muitos os amigos em comum. É o assunto da semana nas rodas dos mais próximos. Não há quem não tenha se pronunciado com pesar sobre sua partida.

Fica a homenagem por gratidão e amizade. Siga em paz, meu velho!


(Bandeira Dois - Josiel Botelho - 12 de agosto de 2009)

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