Fim de semana prolongado. Uma beleza! Pernas para o ar com os pés na chinela porque ninguém tem o calcanhar de ferro. E a vida é festa quando a opção é ser feliz. É o que digo sempre: com saúde, todo o resto é viver bem e melhor, buscando sempre a paz entre os que amamos. Infelizmente, sabemos todos, há muita gente que só sabe é sofrer com problemas imaginários. Dificuldades existem e precisamos saber conviver com elas da maneira mais equilibrada possível – por mais que isso seja difícil. Agora, sofrer por tudo é desespero e não precisamos disso. Dinheiro? Só para o que realmente importa. Grana não pode ser amarra para a boa gente. Tenho pena daqueles que se acorrentam à moeda. Não há sujeito de dignidade e bom coração que morra de fome porque, afinal, “quem ama vive, quem vive trabalha e quem trabalha tem pão”, escreveu Van Gogh – não me canso de repetir isso aqui, em nosso quintal.
Tudo isso para dizer que, no feriadão, tive o privilégio de passar a noite de segunda-feira na casa de casal dos mais especiais que conheço – bons amigos são fundamentais ao plano de felicidade de qualquer um. Peninha e Iremar, anfitriões de generosa grandeza, abriram as portas do lar e o coração da família para pequeno grupo chegado num baralho e em fazer da vida festa, longe, bem longe, de qualquer espécie de problema inventado. Violeta e eu, na terça-feira, saímos de lá mais encantados do que quando chegamos. Que beleza são as boas companhias, não!? Não bastasse Peninha e Iremar, participaram do encontro os namorados Bianca e Danilo, além da atriz e professora Ana Amélia Cabral, amiga de longa data. Em momentos assim, de agrupamentos tão felizes, é que podemos compreender melhor a importância das boas companhias e dos amigos na vida.
Na mesa, o “mexe-mexe” fazia o baralho correr solto pelo espírito de diversão apenas. Quer dizer… mais ou menos, já que a bela e divertida Bianca parecia fazer valer o barracão com empenho de jogadora profissional. Nunca vi numa mesa de carteado tamanha concentração e vontade de vencer. Eita! Bom mesmo era ver a Ana Amélia bater por último com a euforia de vencedora. Iremar, o anjo da mesa, a mais experiente e de raciocínio mais veloz, ficava feliz mesmo era em ajudar os iniciantes na modalidade – eu, por exemplo –, a não fazer feio. Para o Peninha tudo era festa, ainda mais depois que seu labrador, o Simba, reapareceu. O cão, gente boa até, fugiu e passou horas fora de casa, debaixo da chuva, em busca de aventuras submarinas em lago qualquer das cercanias de Brumadinho, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Para a alegria do dono da casa, que, em vão, já havia rodado o lugar, o fujão voltou sem causar nenhum aborrecimento aos vizinhos.
Não se viu a noite se afundar na madrugada, menos ainda o sol mudar a cor do céu. E lá pelo raiar do dia, depois de petiscos de primeira, saiu o nosso jantar: o melhor bacalhau que Violeta e eu comemos na vida. Preparado por Ana Amélia, mestre das artes cênicas e culinárias, o prato fez o maior sucesso e já virou promessa para novos encontros. Obrigado, Simba, Peninha, Iremar, Danilo, Bianca, Ana Amélia e Violeta por noitada tão especial. São momentos assim que fazem a gente acreditar em felicidade.
Bandeira Dois - Josiel Botelho - 16/11/11
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