O assunto rende e pede passagem. As péssimas condições de muitas de nossas estradas somadas à irresponsabilidade de maus motoristas têm dado o que falar em nossa Bandeira Dois. Vale dizer que não são apenas os caminhoneiros a "rebite" (como é chamada a droga que eles usam para espantar o sono) os grandes responsáveis pela verdadeira carnificina que assombra as rodovias brasileiras. Além, é claro, dos interesses políticos que envolvem a coisa, tem gente a rodo em carro pequeno fazendo o diabo quando está no volante.
"Morte nas estradas, trens e política", texto da última quarta-feira, reuniu novos aliados na batalha por conscientização, atitude e paz. Trouxe também de volta ao Aqui o escritor e blogueiro Cacá, homem de bem e das letras, que tem sempre algo importante a dizer: "Dirigir nas estradas brasileiras requer uma série de cuidados. Só cuidamos, às vezes, de falar mal das condições precárias da sinalização, buracos, traçados mal feitos e outras coisas ruins. Elas existem mesmo e devem ser faladas e cobradas, claro! Mas, quem viaja pelo menos de vez em quando, pode prestar atenção, que a grande maioria dos desastres que desgraçam muitas vidas e famílias é culpa exclusiva dos maus motoristas. Imprudência, equívocos de toda espécie, impaciência, competição e o sentimento de poder que o carro dá, são ingredientes que, misturados ao transito, dão uma receita indigesta a qualquer um. Quer um exemplo desagradável? Faça uma viagem saindo de Belo Horizonte em direção ao Espírito Santo, Bahia, Rio, São Paulo ou Brasília. Com muito cuidado e com um olho na direção e outro na circulação em geral para observar as atrocidades cometidas pelos aventureiros que parecem estar praticando esses esportes radicais, aliás, muito menos perigosos, pois só arriscam a vida do praticante. (Isso não é tanto para você que já viaja muito e sabe até melhor doque eu. Mas serve para quem passar por aqui). Um abraço e obrigado pela lembrança. Paz e bem."
Não há o que agradecer, Cacá. Este quintal também é seu. Volte sempre. Meus companheiros de batente estão todos comprometidos com esta causa pela vida. Se cada um fizer a sua parte, tenho certeza, mudamos o mundo. É o que a Sueli, motorista exemplar, sempre diz: "Mais vale perder um minuto na vida, do que a vida em um minuto". A companheira sabe das coisas.
Fizemos um curso juntos, no Vale do Aço, de segurança no trabalho voltado especialmente para profissionais do volante. A professora ficou encantada com a participação da Sueli. Acompanhei tudo, silencioso, com muito orgulho. A Sueli tinha sempre algo de valor para complementar e fortalecer o que dizia a especialista. Lembro-me que na época, em 2006, a professora até convidou a Sueli para ser monitora em outros de seus projetos. Grande Sueli! Na ocasião, aprendemos, definitivamente, que o que não pode ser feito com segurança não deve ser feito. Que o respeito à vida deve estar sempre em primeiro lugar. "Sempre juntos pela vida". Foi o que aprendemos lá, no Vale do Aço.
Bandeira Dois - Josiel Botelho - 20/10/10
"Morte nas estradas, trens e política", texto da última quarta-feira, reuniu novos aliados na batalha por conscientização, atitude e paz. Trouxe também de volta ao Aqui o escritor e blogueiro Cacá, homem de bem e das letras, que tem sempre algo importante a dizer: "Dirigir nas estradas brasileiras requer uma série de cuidados. Só cuidamos, às vezes, de falar mal das condições precárias da sinalização, buracos, traçados mal feitos e outras coisas ruins. Elas existem mesmo e devem ser faladas e cobradas, claro! Mas, quem viaja pelo menos de vez em quando, pode prestar atenção, que a grande maioria dos desastres que desgraçam muitas vidas e famílias é culpa exclusiva dos maus motoristas. Imprudência, equívocos de toda espécie, impaciência, competição e o sentimento de poder que o carro dá, são ingredientes que, misturados ao transito, dão uma receita indigesta a qualquer um. Quer um exemplo desagradável? Faça uma viagem saindo de Belo Horizonte em direção ao Espírito Santo, Bahia, Rio, São Paulo ou Brasília. Com muito cuidado e com um olho na direção e outro na circulação em geral para observar as atrocidades cometidas pelos aventureiros que parecem estar praticando esses esportes radicais, aliás, muito menos perigosos, pois só arriscam a vida do praticante. (Isso não é tanto para você que já viaja muito e sabe até melhor doque eu. Mas serve para quem passar por aqui). Um abraço e obrigado pela lembrança. Paz e bem."
Não há o que agradecer, Cacá. Este quintal também é seu. Volte sempre. Meus companheiros de batente estão todos comprometidos com esta causa pela vida. Se cada um fizer a sua parte, tenho certeza, mudamos o mundo. É o que a Sueli, motorista exemplar, sempre diz: "Mais vale perder um minuto na vida, do que a vida em um minuto". A companheira sabe das coisas.
Fizemos um curso juntos, no Vale do Aço, de segurança no trabalho voltado especialmente para profissionais do volante. A professora ficou encantada com a participação da Sueli. Acompanhei tudo, silencioso, com muito orgulho. A Sueli tinha sempre algo de valor para complementar e fortalecer o que dizia a especialista. Lembro-me que na época, em 2006, a professora até convidou a Sueli para ser monitora em outros de seus projetos. Grande Sueli! Na ocasião, aprendemos, definitivamente, que o que não pode ser feito com segurança não deve ser feito. Que o respeito à vida deve estar sempre em primeiro lugar. "Sempre juntos pela vida". Foi o que aprendemos lá, no Vale do Aço.
Bandeira Dois - Josiel Botelho - 20/10/10
Um comentário:
Maravilha, Josiel! Pra colocar um pouco mais de preocupação nesta questão tão vital para todos nós, esta semana o Proteste fez testes com os carros nacionais e nenhum, NENHUM, conseguiu nota máxima no quesito segurança em relação a impactos. Ou seja, em caso de acidente, estamos ainda mais vulneráveis a ferimentos graves ou mesmo a morte por causa do pouco caso da indústria automobilística com os ítens de segurança. E o governo também parece fazer uma vista grossa, pois as mesmas montadoras daqui fabricam carros bem mais seguros nos seus países de origem. Um grande abraço. Paz e bem.
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