Leitor amigo, como é difícil cumprir a promessa de não ficar estressado com o trânsito em Belo Horizonte. Pela mãe do guarda! É preciso bem mais que força de vontade e paz de espírito para dar conta do que vem ocorrendo com esta cidade engarrafada. Estou apelando até para aqueles mantras indianos que ajudam na meditação. Desejo ser um monge do volante. Isso. Um monge do volante. Só assim. No som do carro, música ambiente para trazer calma e paz. Tenho até um CD com barulhos do mar. Então, se o amigo leitor tomar um táxi e encontrar na direção um sujeito com cara de monge, saiba, sou eu. Respiro fundo e sigo em frente. Caso contrário, jogo a toalha.
Pronto. Já desabafei. E na calma posso até falar, sem medo de carregar a mão, do caos que está aquele trecho próximo ao BH Shopping por causa das obras de melhoria na região. A gente até sabe que para arrumar tem que atrapalhar, mas parece até castigo para quem vem de Nova Lima. Fica até difícil não cobrar pelo retorno. Ontem, gastei mais de hora para andar uns três quilômetros, não mais que isso. Uma loucura! Um gargalo inacreditável. Na pista, trator, caminhão e até carreta. E olha que ouvi dizer que a região está esperando mais de dez mil famílias até o fim do ano. Que isso!? Isso dá, pelo menos, uns 20 mil carros. É. O negócio é ouvir e pensar o mar.
Agora vamos falar sobre o que dá alegria. Fiz programa fantástico no domingo com a Violeta. Fomos ao Espaço Centoequatro, ali na Praça Rui Barbosa, bem em frente a Praça da Estação. É um ponto de encontro só de gente do bem, que está cada vez mais bacana. Era dia de despedida do Festival Internacional de Teatro de Belo Horizonte. Uma amiga da Violeta insistiu muito pra gente ir com ela. Disse que ia ter uma apresentação de um grupo de dança muito legal. Amigo leitor, que beleza! Chama-se Cia. Baobá de Dança. Um encanto! Ficamos muito impressionados com as dançarinas e com os músicos. Eles apresentaram, se entendi bem, dois trabalhos: “Quebrando o silêncio” e “Ancestralidade: herança do corpo”.
Nem vimos o tempo passar. Fiz até questão de anotar o nome do povo só para dar os parabéns aqui em nossa Bandeira dois: Lú Silva, Andréia Pereira, Gabriela Rosário, Marisa Veloso, Júnia Bertolino, Yara Nascimento, Kênia Caroline, Victória Capilo, Tatiane Barbosa, Jander Ribeiro, Tico Percussão, Fred Santos, Alex Diego e Karú Torres (produção). A direção geral e coreografia são de Júnia Bertolino. Mamour Ba é o diretor musical e Mestre João Bosco, o preparador corporal. Uma maravilha de trabalho. Dá gosto ver apresentações assim nessa cidade. Violeta, moça viajada que já percorreu a Europa e os EUA, disse que o povo mandou bem demais. Fiquei boquiaberto e fã da galera toda. Obrigado, Lílian! Cia. Baobá, muito sucesso sempre!
Outras alegrias ficam por conta das aulas na universidade. Estudar é muito bom. Faz a gente perceber o mundo com um outro olhar. E o estresse com o trânsito, quem diria, fica insignificante perto de um trabalho de matemática financeira. Brincadeira, Rubão!
Bandeira Dois - Josiel Botelho - 18/8/10
Um comentário:
meu Caro amigo agradeço a presença e os elogios ah nossa Cia de dança, é muito bom ter esse feedback de quem assiste aos nossos espetáculos, parabéns pelo blog e muito sucesso também, abraço.
Fred Santos
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