Jefferson da Fonseca - Mostra Tua Cara

quarta-feira, 30 de junho de 2010

O Dunga na prorrogação

Todo mundo está ligado na Copa. Uma festa. A repercussão de “Vamos deixar o Dunga em paz”, publicada na semana passada, vale até prorrogação. Amigos, leitores e leitores amigos compareceram para registrar apoio ou desabafo em relação ao técnico da Seleção Brasileira. Da minha parte, até o término da competição para o Brasil – uma grande final contra a Argentina, espero – cumpro a promessa de não redigir mais uma linha contra o treinador. Só que não posso deixar de contar aqui o que muita gente de bem, que acompanha nossa Bandeira Dois, pensa sobre o jeitão do filho do “seu” Edelceu.

A Maria Luiza, vizinha e parceira de carteado, disse que o Dunga devia aprender bons modos com o Maradona. “Fico encantada com o Maradona, Josiel. Aquele jeito de ele abraçar e beijar os jogadores parece coisa de pai. Nunca fui de gostar de argentino, mas nessa Copa, vou falar uma coisa, ganharam a minha admiração. Especialmente o Maradona, que, para mim, nunca foi flor que se cheire. Agora, pelo que a televisão tem mostrado, ele está completamente recuperado e bonitão”. Vamos combinar que “bonitão” é exagero por parte da Maria Luiza. Mas não dá para negar que o sujeito tem sido um espetáculo à parte na Copa.

O Paulo Lima, grande homem de negócios em Minas Gerais, passageiro das antigas, comentou numa corrida, ontem, em Contagem: “Vi que você tá aliviando a barra do Dunga no Aqui, Josiel. É melhor não ficar empolgado demais porque do Dunga a gente não pode esperar muito não. Na minha opinião, pode anotar isso aí, disputa pra valer vai ser contra a Holanda. Não vai me espantar nada se a gente conseguir uma classificação muito suada nos pênaltis. E com jogo feio, porque jogo bonito, dessa Seleção, ainda não vi. Sorte do Dunga foi ainda não ter encarado um time como esse da Alemanha”.

Claro que teve gente que também levantou a bola do Dunga. A Sueli, líder absoluta no bolão do Adelson, segunda-feira, depois do jogo contra o Chile, falou alto: “É muita pressão na cabeça dele, gente! Aí, ninguém dá conta. Por muito menos, com esse monte de barbeiro que tem em BH, a gente quase perde a cabeça. Imagine, então, com o Ricardo Teixeira e a imprensa na cola!? Ninguém merece. Tô com o Dunga!” Já o Diogo da padaria continua duro com a Seleção: “Timinho horroroso. Pode até chegar na final por sorte ou erro da arbitragem. Agora, campeão? Sem chance. Sou mais o Paraguai”. Tá certo. A mulher do Diogo é paraguaia, de Saldo del Guaira. Ontem, os dois comemoraram muito a classificação da seleção do Gerardo Martino em cima do Japão. Passei na padaria para tomar um café, à tardinha, e lá estavam os dois, de uniforme e tudo, felizes da vida.

Copa do Mundo tem dessas coisas: une muita gente. Violeta também entende o Mundial como grande oportunidade de integração. Na nossa rua, em Santa Efigênia, por exemplo, os vizinhos estão até mais amigos. Enfeitaram a rua com bandeirolas, fazem festa e assistem aos jogos juntos. Uma beleza. É. Avante, Brasil!

Bandeira Dois - Josiel Botelho - 30/6/10

Um comentário:

Caca disse...

Minha preocupação começou no dia do jogo contra Portugal. Foi uma partida em que o técnico precisava fazer diferença. Ter um esquema tático alternativo para jogar contra uma retranca braba daquelas. Não é nessas horas que o técnico mostra a que veio (principalmente)? Pois é, diante de Holanda, Argentina ou Alemanha, vai precisar do técnico. Aí é que dá medo! Abraços. Paz e bem.