Jefferson da Fonseca - Mostra Tua Cara

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Milagre em Marataízes

A praia central voltou a existir...


...depois que espigões foram construídos ao longo da orla, que...


...já esteve tomada pelas águas

Pausa para matar a saudade do pai, dos filhos e do mar. Em tempos conturbados, com Belo Horizonte na crista da onda nas páginas policiais de todo o Brasil e também no exterior, o corpo e a mente pedem socorro. Saudades da Belo Horizonte de paz. É muito para qualquer homem de bem: maníaco estuprador; bando da degola; Eliza Samudio. Chega! Um caso atrás do outro. Triste. Muito triste o terror dos últimos tempos. Nesse ritmo não sei aonde vamos parar, amigo leitor. A violência está por destruir o pouco da humanidade que ainda nos resta. É lamentável pensar assim. Fazer o quê? Veio na cabeça, desci a caneta e deixei a linha correr solta na caderneta. Mas, hoje, não toco mais em assunto ruim. Não é justo trazer as más notícias de BH para a casinha na praia.

Então, diante do mar de Santa Mônica, renovo as minhas forças para dar conta das tribulações da capital mineira. É bem verdade que o Espírito Santo não é lá só calmaria. A barra por algumas dessas bandas é de fazer tremer os ossos. Mas é aqui que encontrei meu pequeno paraíso. Já cruzei muita areia desse chão. Fiz muitos amigos por aqui também. Semana passada, por ocasião do texto intitulado “Decepção no Espírito Santo”, os amigos escreveram dizendo que, quando leram o título, ficaram assustados, achando que eu estava falando mal da região. Depois, coluna lida, souberam que a questão era a tristeza dos meus garotos, flamenguistas, com a situação do ex-goleiro rubro-negro. Pouco a pouco, na medida do possível, estão deixando o assunto de lado.

Os dois ainda estão dormindo. São quase 8h e estão lá, apagadões. Também, pudera: ontem (sábado) foi uma farra. O primeiro dia de férias, com a família reunida, é sempre uma festa. O velho Botelho preparou jantar que mais parecia aniversário. O pai é incrível. Está com a mão cada vez mais acertada na cozinha. Fez peixada de fazer inveja em muito restaurante chique do Espírito Santo. Violeta disse que aprendeu. Quero só ver se ela vai dar conta de repetir o tempero do velho no almoço de amanhã. Quando estamos aqui, claro, comemos peixe todos os dias. É até maldade contar isso aqui, porque sei que a turma de Santa Efigênia é chegada num bom peroá e fica de água na boca. Mas fazer o quê? O peixe daqui é bom mesmo, uai. Vão ter é que esperar até 8 ou 9 de agosto, quando volto com o isopor carregado. Aí, vai ser uma beleza, pessoal!

Esta semana vamos visitar alguns amigos em Marataízes. Fica perto daqui. Pela Rodovia do Sol é um pulo. Estou curioso para ver de perto as imagens das fotos que me mandaram de lá. Inacreditável, amigo leitor. Verdadeiro milagre: alguns cientistas muito bons de ideias recuperaram a praia central de Marataízes. O lugar foi bela praia, aí a água avançou e chegou a destruir o calçadão e ameaçar toda a extensão à beira-mar. Agora, depois de dois anos de trabalho, construíram uns espigões, dragaram areia do fundo do mar e, assim, recuperaram a praia. Parece mentira, mas não é. Vi só por foto e por vídeos na internet. Quero ver ao vivo porque é difícil de acreditar. Fico contente porque tenho muito carinho pelo município. Lá, vivi momentos inesquecíveis com a família. Vou conferir e conto pra vocês.


Bandeira Dois - Josiel Botelho - 21/7/10

3 comentários:

Anônimo disse...

Jefferson,
Estou indo no sábado para conferir o milagre.
Saudades imensas de Marataízes. Ia nos anos 80 de férias, quando adolescente. Agora estou levando meu filho de 11 anos.
Já fui em tudo que é praia do Brasil: ceará, bahia, pernambuco, rio de janeiro, são paulo, santa catarina.
Mas o meu coração é de Marataízes.

Paulo

JFC disse...

Paulo, aproveite ao máximo a viagem. Nos anos 1980, também vivi o melhor da minha adolescência naquelas paisagens. Xodó, Boliche e Playdance... Lembra?

Bibica disse...

Não sabe a alegria que me trouxe com essas fotos.
Desde os 2 anos de idade passo as ferias em Marataizes, em uma casa perto do boliche (hoje extinto, se não me engano). Mas ha 3 anos não piso naquelas areias e a minha ultima visita me deixou muito triste com o avanço do mar. Tambem conheço muitas praias brasileiras, mas meu coração sempre foi dessa cidadezinha que marcou minha infancia. Final de ano la estarei de novo, matando as saudades de cada lugarzinho que adoro, tomando muito sorvete da Guri, comendo no Gaivota (ja que nao sei preparar peixe "de dar inveja em restaurante"rs), e nadando neste mar que eu amo.

Obrigada pela noticia!