Jefferson da Fonseca - Mostra Tua Cara

quarta-feira, 7 de julho de 2010

E lá se foi a ‘Copa América’

Desde a última Bandeira Dois, lá se foi a Copa para o Brasil. Uma lástima. É. Também no futebol a fila anda. Na velocidade dos acontecimentos, o pensamento caduca. Bastou uma semana e o Dunga já era. Eu, aqui, que fiz campanha para que o filho do “seu” Edelceu tivesse sossego para trabalhar, não posso deixar de lamentar – embora o fracasso do técnico não tenha sido nenhuma surpresa para ninguém. Mas, besta que sou, com aquele primeiro tempo contra a Holanda, confesso que cheguei a acreditar numa grande final contra os hermanos. Fica para o futuro. E o Dunga? Passado. Quanto ao Felipe Melo, coitado. Sujeitinho de azar, hein!? Também pudera, os deuses da bola não gostam de gente esquentadinha, nervosinha, que perde a cabeça à toa. Não conheço caso de gente assim que seja feliz na vida.

Tenho verdadeiro pavor de gente nervosinha. É de arrepiar todo e qualquer cidadão que, por qualquer motivo, perde a razão. A Sueli, amiga e entendida como ninguém quando o assunto é futebol, está certa: o Felipe Melo devia passar uns tempos num mosteiro ou numa clínica especializada em bons modos. Assim, quem sabe, poderia merecer mais consideração. Pronto. Desabafamos, Sueli. Vamos voltar ao que interessa. Uma semana. É tempo demais. Tempo para a chamada “Copa América” – tamanho o sucesso das equipes latinas – ir para o saco. Brasil, Argentina e Paraguai já voltaram para casa. Bom, ao menos não vamos ver o Maradona pelado, pagando promessa em praça pública de Buenos Aires. Já pensou? Seria bem pior que perder o Mundial para a Argentina.

Quanto ao valente Paraguai, preciso concordar com o amigo Diogo e com sua família. Eles têm razão: superou as expectativas por demais a campanha da seleção do Gerardo Martino, lá na África do Sul. Aguerrida, por muito pouco não avançou às semifinais em cima da tão temida Espanha. Já Messi e companhia, atropelados em campo, nem puderam anotar a placa do trator alemão Schweinsteiger – até aqui, cotadíssimo para ser eleito o melhor jogador do Mundial. E o outro, hein!? O banheira Klose. Parece o Tramontina, rei da rebarba, goleador das peladas de Santa Efigênia. Com ele, homem-gol, é só esperar que uma hora a bola sobra, facinha, pedindo pra ser empurrada pra dentro do gol. Assim vai ser fácil superar o nosso Ronaldão, maior artilheiro de todas as Copas. Agora, que a Alemanha tem jogado com pinta de campeã, isso não dá para negar.

Por fim, ontem, torci até para o Uruguai. Uma pena. Quem descasca essa laranja, amigo? Francamente, a Holanda nem é assim de entusiasmar quem gosta de um bom futebol. Agora, é esperar para assistir aos bons jogos que restam. O Osmar está confiante de que vai faturar o bolão. Desde antes da Copa, bom palpiteiro e de banda para a Lua, está absolutamente convencido de que dá Alemanha x Holanda na final. Lidera o combinado do Adelson com mais de 20 pontos de diferença para o segundo colocado. Bem faz a Violeta, que, durante a Copa, já leu uns cinco livros.


Bandeira Dois - Josiel Botelho - 7/7/10

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