Jefferson da Fonseca - Mostra Tua Cara

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Com a palavra, o leitor

“Das preces das senhoras de bem”, em janeiro, trouxe ao Aqui, a história de dona Maria, vinda do Norte de Minas. A boa mãe deixou tudo no interior para ficar mais perto do filho, que cumpre pena por tráfico de drogas na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O drama da mulher simples, sofrida, tomada por fé e esperança, tocou leitores e fez render assunto na praça. Entre outros, o Osmar, logo cedo, na quarta-feira que o texto foi publicado, telefonou para participar. Para o taxista, se todo bandido pensasse na mãe, daria jeito de mudar de vida e encontrar rumo do bem, antes de “ver o sol nascer quadrado”. “Não há nada mais triste para uma mãe que ver o filho atrás das grades, Josiel”, disse, com conhecimento de causa, já que teve um sobrinho, jovem, condenado. “Minha irmã quase morreu”, lamentou. Por e-mail, outros ilustres leitores também participaram do assunto.

Edgar Caetano, de Luz, no Centro-Oeste de Minas, escreveu: “Bom dia, amigo Josiel, digo amigo porque parece que lhe conheço pessoalmente por ler sua coluna sempre e, como de costume, a li nesta quarta feira, que fala do amor de mãe e me emocionei muito, pois tenho a minha, bem velhinha e sei muito bem como é. E é simplesmente maravilhoso, torço para que este rapaz saia da cadeia e veja o que sua mãe esta fazendo por ele indo contra tudo e contra todos por ter a certeza que ele é uma boa pessoa. Tomara que sim, meu amigo, mas não é o que parece, e o que é pior ainda: estes lugares tornam as pessoas muito piores que elas já são, ensinando o caminho do mal que elas ainda não conheciam, mas tomara Deus que não seja o caso dele e de muitos outros, porque sejamos sinceros, esta boa senhora não aguentaria uma nova desilusão do seu amado filho, não é mesmo? E mesmo sem conhecer esse rapaz, vou rezar e torcer por ele. Bom dia e fica com Deus”.

Silas e Ângela, do Projeto ABC, “de mãos dadas para vencer”, da Igreja Batista Getsemani, assinam juntos a mensagem abaixo:

“Josiel, boa noite! Tudo bem?

Josiel, há muito tempo nos comunicamos algumas vezes para anunciar o Encontro de Taxista na Igreja Batista Getsemani. Agora, não quero lhe pedir nada, somente comentar sobre algumas de suas colunas no jornal. Gosto dos seus comentários sobre fatos acontecidos com passageiros. Sobre a dona que veio orar em Neves para ficar perto do filho preso, é um amor somente de mãe. Josiel, para a mãe, o filho é sempre certo. Temos um trabalho com jovens na cidade de Capim Branco e conhecemos de perto esta situação.

Nosso projeto é um lugar para as crianças e jovens estudarem, fazerem seus deveres escolares. Temos uma biblioteca, uma sala com computadores e outra de atividades manuais. Gostaria de lhe convidar para conhecer. Dia de sábado é melhor para mim, que sou taxista. Você marcando, vamos comer uma comida feita no fogão a lenha. Mas tem que levar a Violeta. Deus lhe abençoe em nome do Senhor Jesus Cristo”.

André Prata, Osmar, Hudson, Helena, Marcos, Célio Júnior, Henrique, Oswaldo, Sueli e Edgar Caetano, muito obrigado pelo retorno da leitura. A presença do amigo leitor neste quintal é a razão da nossa escrita. Silas e Ângela, meu carinho e minha alegria. Na primeira oportunidade, Violeta e eu vamos combinar para conhecer o trabalho de vocês em Capim Branco.

Bandeira Dois - Josiel Botelho

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