Procuro ouvir mais do que falo. Também escrevo mais do que converso, porque, com os dedos, a gente acaba falando menos pelos cotovelos. E falar pelos cotovelos não é bom negócio para ninguém. Sendo assim,depois de muito ouvir, resolvi descer acaneta para aliviar os pensamentos.
A começar pelo embate, ontem, no Clube da Janta, no Bar do Altair. Osmar e Adelson ferveram para defender suas ideias em relação à sucessão presidencial. Não entrei na questão porque queria ficar de fora para ter opinião distanciada e escrever com lucidez sobre o assunto.
A começar pelo embate, ontem, no Clube da Janta, no Bar do Altair. Osmar e Adelson ferveram para defender suas ideias em relação à sucessão presidencial. Não entrei na questão porque queria ficar de fora para ter opinião distanciada e escrever com lucidez sobre o assunto.
Interessa-me muito, claro, a política brasileira. Cresci educado pelo velho Botelho, que sempre defendeu que todo cidadão precisa ficar atento a tudo o que diz respeito ao seu país. O Brasil é um país maravilhoso. Tem lá os seus problemas, é verdade – qual país não os tem? O fato é que podemos contribuir muito com os rumos da nação.
Quanto maior o interesse do cidadão, maiores são as chances de avanço. Eleitor interessado, consciente, acompanha o histórico do candidato e seu programa de governo. Procura saber quem são os seus aliados e tem tudo ali, na ponta do lápis.
Não é fácil, mas o velho Botelho, aos 70 anos, não deixa passar nada batido quando o assunto é política. É exemplo para a família e para os amigos. Sempre foi assim. Osmar e Adelson, embora defendam candidatos diferentes, por mais incrível que possa parecer, estão cobertos de razão. A discussão esquentou por razões igualmente nobres. Ambos querem o melhor para o Brasil e, por isso, têm acompanhado tudo de significativo que ocorre no cenário político nacional.
Demonstram preparo para defender suas apostas. Inflamam-se com os amigos e conhecidos desinformados, de onda e pouca opinião, tomados pelas ideias dos outros. Osmar e Adelson, amigos de longa data, são muito diferentes. Em comum, o amor incondicional pela família, a fé no Brasil e a dedicação extrema ao trabalho. No resto, são água e vinho.
Quando o assunto é política, então, é um deus-nos-acuda. Aí, na segunda-feira, deu no que deu. Tomei nota de tudo para dividir com o amigo leitor. Não vou fazer referência a este ou aquele candidato por princípios. Entendo que o melhor é filtrar o que há de mais positivo em debates assim. O que dizem por aí não é tão relevante quanto parece. Importante é o voto estudado, consciente.
É saber que nossa atitude diante das urnas influencia os rumos do país. Dizer em todas as rodas que todo político é corrupto não adianta. Mesmo porque, sabemos todos, existem homens de bem que trabalham pelo Brasil. Quanto aos corruptos, não é tão difícil identificá-los. Estão por aí, aos montes. No dia da eleição, conscientes, podemos varrê-los definitivamente da vida pública. Aos amigos do Clube da Janta, o meu abraço.
Bandeira Dois - Josiel Botelho - 29/9/10
Um comentário:
Eu acho que enveredei um pouco pelo caminho da escrita foi exatamente por causa disso. Minha vida de militante me rendeu muitos desafetos, poucos amigos de verdade, mas muita consciência para falar pelos dedos, que dá tempo da gente refletir melhor e produzir coisas mais sensatas que nem este belo texto seu. Abraços. Paz e bem.
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