Jefferson da Fonseca - Mostra Tua Cara

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A vida depois da vida

Feriadão de muito trabalho para dar jeito nas contas e nos compromissos. Cineminha também porque ninguém é de ferro. E se taí um programa que Violeta e eu gostamos é pegar um cineminha de vez em quando (quase sempre). Depois de “Karate Kid”, que valeu nossa Bandeira Dois da semana passada e muitos e-mails, domingo foi a vez de “Nosso lar”, baseado na obra de Chico Xavier. Um filme de recursos que merece ser visto por todo cidadão de bem, independente de credo ou religião.

Tenho minhas críticas técnicas ao filme. Não gosto da interpretação dos atores, do roteiro e acho que a direção não deu conta de dar forma à grandiosidade que tinha nas mãos. O longa-metragem, obra cinematográfica, não é bom. Contudo, o que vale no filme é a mensagem. É o que fica quando deixamos o cinema. Uma maravilha essa idéia de vida depois da vida. Emocionante pensar em reencontrar todos aqueles que amamos e que já não estão entre nós. Que seja assim, então, como mostra o filme.

A ideia de que todos os que maltratam a própria vida são suicidas é algo que também mexeu muito comigo. É verdade. Essa história da pessoa levar uma vida de excessos, sem tempo para a família, para os amigos, na bebedeira, no cigarro, nas drogas é, de fato, maltratar a si mesmo. E não há bem maior que a vida, sabemos todos. Se há algo de importante que fica depois de ver “Nosso lar” é a importância de fazer o bem aos outros e a si mesmo. Não por esperar algo em troca, simplesmente, mas para alimentar a imensidão de luz que há em cada um de nós.

Portanto, “Nosso lar” é uma obra do bem. Se o lado de lá é como mostra o filme, sinceramente, são outros quinhentos. Se tem computador, hospital, transporte público que voa, governadoria, pouco importa. É uma projeção apenas. “A vida na terra é que uma cópia da vida aqui”, diz, mais ou menos assim, um dos homens de branco de lá. Não é preciso acreditar em reencarnação para entender que somos aquilo que fazemos da nossa vida ou, ainda, que o fim pode ser só o recomeço. Por que não? Seria muita ingenuidade pensar que a vida é só isso, esse sopro na terra. E a força das marés?

O universo não cabe na imaginação do homem, pobre mortal tão imperfeito. No mais, é só observar a natureza. O sol, a lua e as águas. Uma gota no oceano não é gota. É oceano. Logo, nós no universo não somos nós. Somos o universo. Osho, mestre indiano disse isso. Não era de todo charlatão como o pintaram. Deixou pensamentos que merecem respeito. Vamos somando bons pensamentos aqui e ali, ensinamentos bíblicos, o que diz o bom padre ou o bom pastor, os espíritas, os budistas e os cristãos. Somos inteligentes o bastante para saber tirar proveito do que é bom em cada religião.

Tenho para mim, cada vez mais, amigo leitor, que o importante é manter-se na linha do bem. O resto é com o Deus que permitimos atuar em cada um de nós. Tenho certeza: Deus está aqui, em mim, em você. Veja “Nosso lar” e, se puder, me diga o que achou.

Bandeira Dois - Josiel Botelho - 8/9/10

Um comentário:

Adélia Carvalho disse...

Jefferson,
a estréia do Nosso Lar arrastou multidões nesse final de semana e alegro-me de ter feito parte dessa massa e principalmente, alegro-me em pensar que muitas outras pessoas estão refletindo sobre as lições que o filme deixa. Também tenho críticas, em diversos aspectos, ao filme enquanto produção artística, mas, fico emocionada com as reflexões que ele me traz, sobre minhas escolhas, minhas verdades e meus valores...Nossa Lar e Chico Xavier, são filmes para revermos toda vez que sentimos nossas forças morais quererem fraquejar!
Foi ótimo ler tudo que escreveu sobre o filme!
Abraços
http://adelia.carvalho.zip.net/