Quando rapaz, lá pelos idos de 1980, fiquei bastante impressionado com a história de Daniel San e seu mestre Miyagi. Karate Kid chamou a minha atenção para valores até então desconhecidos e que, desde então, passaram a me martelar a cabeça. Parece que foi ontem e, desde o lançamento do filme, em 1984, já se vão mais de 25 anos. Uma nova versão do longa-metragem acaba de estrear nos cinemas do Brasil. É claro que eu não podia deixar de rever as lições de honra, tolerância e filosofia que me marcaram tão profundamente. Diria até, sem medo de parecer piegas, que taí a obra que redirecionou o curso da minha vida. Naturalmente, passei a associar as boas mensagens da história aos fatos que ocorriam ao meu redor. Elaborei um código de conduta a partir daí. Passei, por exemplo, a respeitar mais e melhor o velho Botelho e a entendê-lo, definitivamente, meu mestre Miyagi.
Para o leitor ter uma idéia do meu envolvimento com Karate Kid, passei a buscar Miyagis e Daniel Sans nos meus relacionamentos cotidianos. Dos mais rasos aos de mais elevado respeito. Surgiram amigos, parentes e colegas de trabalho que me fizeram lembrar os personagens do bem da aventura dramática. E vem sendo assim: pelo caminho, procuro identificar bons e maus mestres, assim como bons e maus colegas. É um bem e tanto perceber àqueles de honra. Um exercício diário em busca de discernimento. Não é fácil manter-se na linha. Não me refiro a uma linha de bem simples de caráter e humildade – pré-requisitos mínimos para qualquer cidadão de bem. Refiro-me ao respeito e à honra; ao entendimento da força da palavra; à lealdade; ao senso de justiça; aos ensinamentos que ficam para toda a vida; aos exemplos em casa, na escola e no trabalho, e por fim, à atitude que faz diferença. De resto, sobra um monte de manés voltados para o próprio umbigo.
Vê mal quem vê com os olhos. Há uma lição de observação e paz em Karate Kid que devia ser levada a sério por pessoas de todas as idades e posições. Meus garotos já a conhecem bem. Insisto sempre em lembrá-los continuamente para que sejam mais fortes e preparados. Que aprendam o real valor da disciplina com os pequenos afazeres domésticos. É difícil porque há uma arrogância natural no adolescente que não há pai ou mãe que dê jeito. Contudo, faço de tudo para estar por perto e ajuda-los na identificação das causas que os levaram aos erros ou ao resultado ruim de alguma empreitada. Gabriel e Tiago são bons filhos. No somar dos sins e dos nãos, no fundo, percebem que sempre aprendem alguma coisa. Além do que, é fato que, com um mínimo de inteligência, todos avançamos com os erros.
Por hora, como em Karate Kid, vou seguindo a pintar cercas e a dependurar a jaqueta. Até que esteja pronto para chutar o pau da barraca com a elegância de um grande samurai.
Bandeira Dois - Josiel Botelho - 1/9/10
Para o leitor ter uma idéia do meu envolvimento com Karate Kid, passei a buscar Miyagis e Daniel Sans nos meus relacionamentos cotidianos. Dos mais rasos aos de mais elevado respeito. Surgiram amigos, parentes e colegas de trabalho que me fizeram lembrar os personagens do bem da aventura dramática. E vem sendo assim: pelo caminho, procuro identificar bons e maus mestres, assim como bons e maus colegas. É um bem e tanto perceber àqueles de honra. Um exercício diário em busca de discernimento. Não é fácil manter-se na linha. Não me refiro a uma linha de bem simples de caráter e humildade – pré-requisitos mínimos para qualquer cidadão de bem. Refiro-me ao respeito e à honra; ao entendimento da força da palavra; à lealdade; ao senso de justiça; aos ensinamentos que ficam para toda a vida; aos exemplos em casa, na escola e no trabalho, e por fim, à atitude que faz diferença. De resto, sobra um monte de manés voltados para o próprio umbigo.
Vê mal quem vê com os olhos. Há uma lição de observação e paz em Karate Kid que devia ser levada a sério por pessoas de todas as idades e posições. Meus garotos já a conhecem bem. Insisto sempre em lembrá-los continuamente para que sejam mais fortes e preparados. Que aprendam o real valor da disciplina com os pequenos afazeres domésticos. É difícil porque há uma arrogância natural no adolescente que não há pai ou mãe que dê jeito. Contudo, faço de tudo para estar por perto e ajuda-los na identificação das causas que os levaram aos erros ou ao resultado ruim de alguma empreitada. Gabriel e Tiago são bons filhos. No somar dos sins e dos nãos, no fundo, percebem que sempre aprendem alguma coisa. Além do que, é fato que, com um mínimo de inteligência, todos avançamos com os erros.
Por hora, como em Karate Kid, vou seguindo a pintar cercas e a dependurar a jaqueta. Até que esteja pronto para chutar o pau da barraca com a elegância de um grande samurai.
Bandeira Dois - Josiel Botelho - 1/9/10
4 comentários:
Falou por muitos de nós. Excelente! Abração. Paz e bem.
Jefferson,
Seus textos são cada vez melhores.
Você tira lições fantásticas da vida.
Muitos não tem esse privilégio, talvez
porque, ainda não tiveram a chance de
perceber que existe outro modo de enxergar
a não ser com os olhos.
Pururunca.
Lições boas essas que aprendeu e que leva adiante. As lições estão todas elas aí, bom aprender saber olha-las, porque é essa a única forma de aprendizagem real. Também busco discernir todo tempo os meus bons mestres e bons companheiros nessa caminhada e tenho orgulho dos que continuam caminhando ao meu lado!
Tomara eu não os decepcione jamais.
Adélia
Grande camarada, professor. Sempre passo por aqui para aprender um pouco mais c/ vc. Cada dia melhor seu blog.
Q DEUS abençoe seus sonhos.
Fraterno abç.
Alexandre Lamas Gonçalves
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