Jefferson da Fonseca - Mostra Tua Cara
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Se tiver saída, fuja deste filme
Sem Saída (Abduction, EUA, 2011), escrito por Shawn Christensen, dirigido por John Singleton, com Taylor Lautner, Lily Colins, Alfred Molina, Michael Nyqvist, Jason Isaacs e Maria Belo é ruim de doer. Inacreditável que ainda se gaste tanto dinheiro, tempo e equipe técnica num filme sem pé nem cabeça assim. Justifica-se apenas para buscar no laço as menininhas fãs de Lautner, famoso pelo Jacob de Crepúsculo. O moço é de emoção zero na trama de hora e meia. É intérprete do tipo que gasta mais tempo nas academias de ginástica do que nas salas de estudo de interpretação. Galãs assim perdem tempo demais querendo ser bonitos do que com conhecimento para a construção de verdades. Difícil ir além do que dão conta.
A começar pelo roteiro, cheio de clichês (russos, Cia etc.), Sem Saída carrega a mão em lutas e perseguições inverossímeis, com interpretações canastríssimas, cheias de caras e bocas. Até nas escolas primárias de teatro, os candidatos mais miúdos ao mundo da arte da interpretação aprendem truques mais críveis do que os dispensados por Lautner ao adolescente adotado por agentes da inteligência americana. O ator franze demais o cenho e demonstra não ter a menor noção da diferença entre gesto e ação física. Ainda que os conflitos do roteiro de Christensen não colaborem e a direção de Singleton seja puramente comercial, Lautner podia ter segurado a onda e buscado composição mais humana. Faz-se herói demais, imbatível demais, posudo demais e cheio de moral. Parece não ter se livrado do poderoso lobo que o alçou ao estrelato. Saia, lobo, deste corpo que não te pertece!
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